Respeitando as diferenças

Circula pela net:
Um sujeito estava colocando flores no túmulo de um parente, quando vê um chinês colocando um prato de arroz na lápide ao lado.

Ele se vira para o chinês e pergunta:
- Desculpe, mas o senhor acha mesmo que o defunto virá comer o arroz?

E o chinês responde:
- Sim, quando o seu vier cheirar as flores.

Moral da história:

Respeitar as opções do outro, em qualquer aspecto, é uma das maiores virtudes que um ser humano pode ter! As pessoas são diferentes, agem diferente e pensam diferente. Portanto, nunca julgue. Apenas tente compreender.

Sete hits da balada alemã

Como acontece em vários países, a Alemanha tem algumas músicas de pop e hip hop que não saem das baladas. Os links a seguir são de alguns desses maiores sucessos:

1 - Ding, de Seeed: Conta a história de um homem casado que conhece uma “coisa linda” na balada, esconde a aliança, dá uns bons pegas e depois tem problemas porque ela não larga do pé e ameaça o casamento dele.

2 - Hammer, de Culcha Candela: É sobre como um rapaz baba por uma mulher em uma discoteca.

3 - Alles Neu, de Peter Fox: Este é um cantor de boa reputação, com vários sucessos parecidos com este. Este hit é sobre ele, ele, ele... “Se você não gostar, faça algo novo”, ele diz no refrão.

4 - Schwarz zu blau, de Peter Fox: Relata Berlim de madrugada, depois de uma balada. “Bom dia, Berlim, você consegue ser tão feia, tão imunda e cinzenta” é um trecho do refrão.

5 - Bettina, pack deine Brüste ein!, de Fettes Brot: Este grupo faz sucesso há mais de uma década. O refrão é formado pelo nome da música seguido de mais uma frase. Traduzido, fica assim: “Bettina, empacote seus peitos! Bettina, por favor vista alguma coisa!”.

6 - Drei Tage Wach, de Luetzenkirchen. Esta música é um exemplar da música eletrônica e seu nome significa “Três dias acordado”. Clicando aqui, você vai ouvir uma mixagem com ela e a anterior.

7 - Krawall und Remmidemmi, de Deichking: É incrível como tanta gente conhece a letra desta música, a qual fala de uma festa feita na casa de alguém cujos pais viajaram.

O que você precisa saber antes do seu primeiro voo

Para tudo existe a primeira vez, inclusive pegar o avião numa viagem ao exterior. Se tivesse lido um manual antes de ir ao aeroporto pela primeira vez, eu teria feito algumas coisas de modo diferente. Talvez estas 8 dicas ajudem você a se preparar para a sua primeira (ou próxima) viagem:

1 – Faça o check-in online

Várias companhias aéreas oferecem este serviço cerca de 24 horas antes da viagem. Fornecendo seus dados à empresa, você tem seu voo confirmado, escolhe sua poltrona e pode imprimir seu cartão de embarque em casa.

2 – Conheça os trajetos até os aeroportos

Gastar alguns minutinhos na internet pesquisando como ir do aeroporto ao centro ou ao hotel e vice-versa pode significar a economia de um bom dinheiro e tempo durante esses trajetos.

3 - Tenha os papéis em mãos

Faça uma lista antes de sair de casa: Passaporte, carteira de estudante, cartões de crédito, passagens, confirmação de voos, reservas de hoteis e contatos no país de destino impressos são imprescindíveis.

4 - Diminua a bagagem

Sempre dá para tirar um pouco mais de dentro da mala. Nada de comprar coisas novas para levar para a viagem! Deixe para fazer isso quando chegar no seu destino. O ideal é você não levar mais do que pode carregar sozinho. E cuidado com

5 – Seja prático com a bagagem de mão

Procure levar apenas o absolutamente necessário e o que possa quebrar dentro de uma única bagagem de mão. Quanto mais sacolas ou bolsas você levar, maior é a chance de chamar a atenção dos controladores de bagagem do aeroporto.

6 - Remédios e líquidos

Evite levar remédios na bagagem de mão. Líquidos com mais de 100ml, nem pensar! Água não irá faltar nos aeroportos ou aviões.

7 – Tenha calma ao entrar e sair do avião

Na hora de embarcar, sua poltrona já estará esperando só por você. Quando o avião pousar, ainda levam alguns minutos até que as portas se abram e todos consigam sair. Portanto, não se apavore soltando o cinto e tentando pegar a bagagem de mão desesperadamente para congestionar o corredor esperando em pé. Também não adianta querer chegar fora do aeroporto sem suas malas.

8 – Respeite os comissários de bordo

Eles trabalham para a companhia aérea; não para você. Com gentileza e um sorriso sincero, é bem provável que você consiga ser bem tratado e até agraciado com regalias como um salgadinho ou um almoço extra. Peça com jeitinho e agradeça...

9 – Seja discreto e seguro no controle no aeroporto

Tanto na partida quanto na chegada, aja com naturalidade durante o controle de bagagens e passaportes. “Quem não deve, não teme.” Portanto, tenha todos os itens do número 2 em mãos, olhe nos olhos dos controladores e responda apenas às perguntas que lhe fizerem – por mais irritantes que sejam. Antes de querer dar uma de malandro, lembre-se de que dezenas ou centenas de espertalhões passam por ali todos os dias.

Roubado em Cochabamba

Eram menos de 7h da manhã quando eu e meu amigo Guilherme chegamos na estação rodoviária central de Cochabamba, na Bolívia.

Cada um com uma mochila nas costas e ambos perdidaços, saímos procurando, de porta em porta, um hotelzinho barato pra passarmos as próximas 3 noites na cidade.

Muito caro, lotado, feio demais... cada vez que entrávamos em um hotel, encontrávamos uma nova razão pra voltarmos à rua em busca de algo melhor.

Como as ruas estavam praticamente desertas, notamos claramente que alguém nos seguia pela calçada. Olhamos desconfiados quando o senhor nos alcançou e questionou sobre nossa nacionalidade e o que fazíamos ali àquela hora do dia, mas me acalmei assim que ele mostrou um crachá se apresentando como oficial da polícia.

“Vocês ainda não se registraram no escritório de imigração da cidade?”, nos perguntou o tal policial. Respondemos, surpresos, que não. Cochabamba andava tendo sérios problemas com o tráfico de drogas, especialmente por causa de jovens brasileiros disfarçados de turistas. Pelo menos foi essa a história que o cara nos contou. Nós, apesar de confusos, a engolimos.

Em seguida, o sujeito pegou o celular e ligou pra alguém. Ao desligar, nos disse: “Uma viatura está vindo nos levar até o escritório pra vocês se registrarem agora”. Poucos segundos depois, ele sinalizou pra um taxista. O motorista parou, conversou com o tal policial e este então nos falou: “Vamos, entrem porque a viatura deve demorar.” Entramos.

Claro que sentíamos que alguma coisa não estava em ordem, mas o que podíamos fazer? Depois do Guilherme e do oficial, me sentei no banco de trás do taxi, fechei a porta e o motorista arrancou.

Revista

O oficial era bem simpático e, aos poucos, fui me tranquilizando. Amigavelmente, ele fez uma série de perguntas, como quanto tempo queríamos ficar na cidade, aonde iríamos depois, quanto dinheiro trazíamos e onde o guardávamos.

Como quem não quer nada, passou a revistar a bolsa do meu amigo, supostamente só pra verificar se não trazíamos mesmo entorpecentes. Por fim, pediu pra ver nossos documentos e, quando abri minha bolsinha com o passaporte e 6 notas de U$50, ele contou o dinheiro na minha frente e devolveu tudo direitinho.

Convencido da nossa boa índole, o senhor nos disse que nos pouparia do transtorno de ir até o escritório fazer o tal registro e pediu ao taxista que nos levasse de volta à região onde tinha nos pegado.

Alívio?

Paramos em frente a um hotel que o policial recomendou e, alegres, saímos do carro. Antes de partir, ele ainda nos desejou uma boa estadia e alertou que tomássemos cuidado com nossas coisas porque a cidade estava infestada de ladrões.

Entramos no hotel, fizemos o check-in e nos sentamos pra aguardar até que nosso quarto estivesse limpo. Foi nesse ínterim que o Guilherme, revirando sua mochila, começou a resmungar: “Cadê minha câmera? Minha câmera sumiu!” Cada vez mais impaciente, ele seguiu procurando, até tirar sua própria conclusão: “Foi aquele policial. Ele roubou minha câmera!”

“Que absurdo”, eu disse, já bravo com o irresponsável do meu companheiro de viagem. O dono do hotel se intrometeu e lhe contamos o que havia acontecido minutos antes. Depois de um suspiro, ele tirou os óculos, fez aquela cara de “já vi este filme antes” e nos disse: “Compañeros, lo siento, pero aquí no hay policía en la calle.”

“Caindo a ficha”

Ou seja, aquele homem não era policial coisa nenhuma, seu crachá era falso, a história das drogas e do registro era lorota, o telefonema tinha sido pro comparsa taxista, a câmera do Guilherme tinha sido roubada durante a revista na sua mochila e... “Opa, meu passaporte e meu dinheiro!”

Abri a bolsinha com o coração acelerado. O passaporte estava lá, mas os dólares não eram mais os mesmos. Apesar de eu não ter tirado os olhos deles por nenhum segundo enquanto o senhor os contava dentro do taxi, ele fez U$250 desaparecerem. “Pelo menos ele não levou tudo”, pensei alto, vendo a única nota de U$50 que tinha restado.

Andando de trem sem pagar


Viajar na Europa sem pagar é fácil; difícil é lidar com a própria consciência e com o medo de ser pego.

Cada cidade e meio de transporte tem características específicas que facilitam ou dificultam esse pequeno delito. Quanto menor for a preocupação com a ética, mais fácil fica, pois o risco de ser pego é, matematicamente, bem pequeno. Tudo bem, o risco é pequeno, mas o flagrante é inesquecível.

Aventura arriscada

Um exemplo disso aconteceu uma vez em que percorria um trajeto de 30 km com minha amiga hondurenha e também intercambista Karen. Não só gostávamos de economizar, mas também o fazíamos por necessidade. Por isso entramos no trem sem pagar os cerca de oito euros que, na época, custava a passagem.

Apesar de já estarmos acostumados com a tensão, aquele dia a adrenalina nos mostrou que havíamos abusado da sorte ao limite.

Antes do que esperávamos, o controlador chegou ao nosso vagão. Rapidinho, entramos juntos no banheiro e ficamos quietos. Claro que, logo em seguida, alguém bateu na porta, mas não queríamos abri-la de jeito nenhum.

“Ele vai embora”, torcíamos. Em vão. Minutos depois, o sujeito continuava batendo na porta. Claro que não era a primeira vez que lidava com espertalhões como nós.

Procurando uma saída

Bolamos uma estratégia. Resistiríamos mais alguns minutos, até que o trem parasse na nossa cidade. Assim que as portas da locomotiva se abrissem, o controlador de bilhetes precisaria sair dela por cerca de um minuto. Eu o veria pela janela do banheiro e, rapidamente, correríamos para a porta mais distante, já que estávamos entre duas portas de saída do trem.

Seguimos o plano à risca. Depois de frearmos, vi o vulto do controlador a poucos metros de mim, Karen e eu abrimos o banheiro e corremos para a outra porta, por onde saltamos com nossas mochilas em direção à liberdade.

Purgatório

Só não contávamos com um outro controlador que estava, já na plataforma, nos esperando. Me senti como se estivesse no purgatório. “É agora que vamos ao céu ou ao inferno”, pensei.
Primeiro, veio a bronca. Karen e eu fizemos de conta que não entendíamos nada – coisa manjadíssima - , mas não convencemos o sujeito. Ele insistia que pagássamos uma multa. “Ou vocês pagam ou chamo a polícia agora”, nos ameaçou.

Pronto. Era o que faltava para Karen cair no choro. Se lambuzando em lágrimas, a baixinha hondurenha implorava, numa mistura de espanhol e alemão, para que o homem perdoasse a estupidez de dois jovens intercambistas que nunca mais fariam aquilo.
ão era encenação.

Nem o coração gelado do alemão pode resistir aos prantos da menina. Até eu fiquei preocupado com minha melhor amiga da época vendo que o desespero dela n

Antes que ela desmaiasse ali na plataforma, o controlador nos liberou, apitou para o motorista, entrou no trem e partiu.

Pelo que me lembro, a Karen nunca mais andou de trem, metrô ou ônibus sem pagar. A Karen…